Da
circular do Movimento
Por: Luiz Felipe Souza
Siqueira
Estudante do 1º B
Em
outubro de 2019 completaremos 25 anos de realização do encontro das crianças
sem-terra nos estados e regiões. 35 anos em que as crianças e suas famílias ajudam
a construir o MST. No paraná iremos completar 23 anos desde o primeiro encontro
estadual. Nesse tempo aprendemos muito com as crianças sem terrinha e fomos
construindo no conjunto do MST.
Em
julho de 2018 o primeiro encontro nacional das crianças sem terrinha foi
marcante na história da infância sem-terra. Um espaço de socialização, vivencia
da organicidade do MST e participação desde a construção do encontro por meio
da oficina nacional, onde um menino e uma menina de cada estado compareçam a
coordenação do encontro, fortalecendo as relações de gênero, coletividade e
auto-organização desde a infância.
Aprendemos nessa trajetória a importância de espaços. A partir dessa avaliação sobre as últimas ações infantis, como da repercussão que tiveram na sociedade, além de ser alvo de ataques da direita, que reafirmamos em reflexão de coletivo nacional de educação, a necessidade de reflexão de aprofundar o debate e seguir no trabalho afirmativo, educativo e organizativo com a infância sem-terra realizado pelo conjunto de movimento. Com intuito de construirmos nosso XIII encontro estadual das crianças sem terrinha do paraná, elencamos as seguintes dimensões para debate, decisão e preparação das delegações:
Como
objetivo geral, realizar o encontro estadual de crianças das áreas de reforma
agraria do paraná. Em defesa da educação de qualidade socialmente referenciada,
possibilitando espaço de formação e educação em anexo com a luta pela terra, a
partir de vários tipos de arte, cultura, literatura e de ludicidade e com
objetivos específicos de reunir crianças e adolescentes, pautando junto ao
poder público e ao conjunto o direito a educação do campo e a reforma agraria,
proporcionar estudos e reflexões com as crianças sobre seus direitos, com foco
na reivindicação frente ao governo estadual, com vista a melhorias e ampliação
das estruturas das escolas, como acesso aos demais direitos sociais na
perspectiva da qualidade de vida no campo, envolver as escolas e os colégios
das áreas de reforma agraria e o conjunto da organização, inclusive a própria
infância sem-terra, para garantir ônibus, alimentação e a estrutura necessária
para a participação das mesmas na atividade, momentos de análise da situação
objetiva das crianças e adolescentes, onde vivem a partir da troca de
experiências entre as crianças, trazendo presente sua experiência de vida e
suas brincadeiras.
Atividades
de preparação para as escolas, brigadas e regiões:
Refletir
com a comunidade assentada e acampada como será a participação da escola, e da
região na atividade, buscando fazer um esforço coletivo de garantir a
viabilização do transporte, para isso pensar ações que envolvam a comunidade para
conseguir as condições, realizando: festas, promoções, bingos incluindo as
crianças nestas tarefas. Conversar com as crianças nas escolas e comunidades e
a proposição de lema para o XIII encontro estadual das crianças sem terrinha.
Tomar por base os desafios da conjuntura política e o estudo dos materiais
delas e enviar sugestões até 02 de setembro. Definir quais crianças
participarão do encontro sem terrinha procurando garantir a diversidade de
idade e representação dos locais, dialogar com os pais e mães das crianças,
levando em conta o critério que deve ser criança de 06 a 12 anos e organizar
uma declaração assinada pelos pais liberando para viajem. Definir quais
educadores /adultos e dirigentes políticos virão as acompanhando sendo que para
10 crianças um adulto deve as acompanhar. Organizar o núcleo dos sem terrinha
nas comunidades e nas escolas municipais, tendo foco a participação para o
encontro e organizar grupos de estudos de materiais voltados ao direito da
criança, cada delegação destacar uma dupla de crianças sem terrinha com a
tarefa de coordenação de ônibus, dupla da disciplina, dupla da limpeza.
Organizar gritos de ordem, cartazes, pirulitos e faixas confeccionados pelas
crianças com reivindicação no âmbito do direito delas, desde as necessidades e
pautas locais, e realizar entre os dias 08 e 12 de outubro os encontros,
atividades locais e regionais para promover a organização e auto-organização
das crianças desde os acampamentos e assentamentos, com caráter cultural,
educativo e de luta.
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